sábado, 12 de julho de 2014

Estendendo o conhecimento acerca da ‘Mulher Medieval’



O papel social que a figura feminina desempenha no Medievo é em relação ao homem inferior. Essa inferiorização se dá por mecanismos históricos de perpetuação desta visão que já é corrente desde os primórdios da civilização ocidental. Porém, na Idade Média essa visão acerca da mulher é reforçada por discursos da Igreja quanto esta, já que a Igreja exercia singular representação no cotidiano da sociedade medieval. Assim, é possível notar que a inferiorização da figura feminina na Idade Média também se dá através da vinculação da moral cristã sobre estas. A Igreja auxiliava desta forma na perpetuação das desigualdades, associando em seu discurso, a mulher a três figuras: Eva, a pecadora e culpada por todo o mal da humanidade, a Virgem-Maria, santa e imaculada, o exemplo que todas deviam seguir, e Madalena, a pecadora arrependida. Notamos então que através destas três representações a Igreja fazia difundir valores a serem transmitidos através de práticas e virtudes que conotassem castidade, submissão e obediência à doutrina. Ou seja, a figura da mulher se estereotipava em ser “santa” ou “pecadora”, o que contribuía para a inferiorização desta diante do corpo patriarcal que modelava a sociedade medieval. Cabia então as mulheres buscar ser o que se esperava de uma boa mulher, assim, desempenhava principalmente funções domésticas, além da criação dos filhos. Importante evidenciar que tal inferiorização da figura feminina diante da sociedade patriarcal medieval não era necessariamente algo feito conscientemente, mas através dos mecanismos que foram explicados ao longo do tópico - a perpetuação histórica e o papel da Igreja.

Fonte de ImagemIluminura retirada do livro Tacuinum sanitatis, século XIV.

Nenhum comentário:

Postar um comentário